
sexta-feira, 24 de abril de 2009
rs Que saudade vovó.

Ei você tem uma avó?
manda um abraço pra ela.
eu amo todas as avós.
diga que eu a amo.
e peça que ela sorria.
gostava da minha avó sorrindo.
era estranho e chato, às vezes tinha cheiro de cigarro
mas era a felicidade dela.
Eu não amava muito ela,
quer dizer nas férias de Dezembro morria de amores.
Tem alguma avó ai?
peça pra ela rezar por mim.
essas coisas de vovó funcionam.
A minha tá lá no céu, ou será que tá lá embaixo?
não sei das doideras da vida.
Acho que quero a minha avó
Brigando e me chateando.
Os doces que ela fazia,Nada de doce que ela tinha.
Mas sendo a minha vovó.
É dia de circo.

Porque às vezes gosto de uma coisa ou outra
e por isso eu detesto tanto.
Assim como eu vivo
eu escrevo.
E detesto.
Eu só sei falar de amor
se eu estiver sofrendo
Eu só se falar de solidão
se eu estiver sofrendo
E falar de todas as coisas bonitas
se eu estiver sofrendo
Não estou querendo dizer que não sei o que é o amor, a solidão
e todas as coisas bonitas.
É só preciso estar vivo para sentir.
Talvez esteja querendo dizer que para realmente viver
é preciso sofrer
[estar viva.
“Faça amor não faça Guerra”.
Cada geração impõe sua parte na evolução das idéias e comportamentos. Os jovens de hoje enfrentam problemas diferentes dos jovens rebeldes de 68. Nasceram na era da informação, cresceram em um mundo globalizado, sem convulsões das guerras e a repressão militar, no entanto convivem com o auge da violência e miséria.
Há 40 anos atrás as ruas da cidade do Rio de Janeiro estavam infestadas de estudantes revolucionários que, sem medo, criticavam as estruturas das Universidades, se rebelavam contra a sociedade moralista e conservadora da época. Uma juventude cansada do sentimento de opressão e repleta de disposição para lutar por seus ideais. Pronta para desafiar o poder, chocar o mundo, quebrar regras e ser feliz.

No lugar de união por um único objetivo, amor livre, excessos e sede por liberdade, aparecem uma série de alterações no comportamento, uma juventude que se divide em tribos (Dreads, emos, grunges, neo-hippies, etc), que vivem de realidade jogando fora a utopia. Que clamam um mundo mais pacífico e justo, sem querer revolucionar tudo, apenas a si mesmos.
Todas essas revoluções econômicas, sociais e culturais dos anos 60 têm ligação direta com a conquista da liberdade de expressão sem represálias e democracia que existe hoje. Conclui-se então que a luta não foi em vão.
A nossa geração não vê mais a história como horizonte de transformações, mas sim como cotidiano. A presença dessa sociedade consumista e individualista aniquila os ideais dos jovens impedindo a ousadia outrora tão explorada por nossos pais.
No íntimo

Eu gosto de ouvir os sons. Sentir o ar. Olhar o céu. Dentre todas as coisas no mundo o que eu mais gosto de falar é do amor. Ele tem um pouco de tudo que existe. Por isso mesmo é que eu gosto da natureza quando ela se envolve com o amor. Mas eu confesso, tenho um caso secreto com alguns sentimentos obscuros. Nem tudo é feito só de luz. O gosto de ser má, só um bocado má, faz bem. E se faz bem já deixa de ser maldade. Tem tempo que não choro, um choro desesperado. Ultimamente só aquele choro. Aquele choro que leva pedaços de dentro para o mundo. E cada lágrima tem um significado tão intenso. Eu tolero a tristeza com uma postura diferente, hoje em dia. De um jeito que posso carregá-la comigo por todo o sempre. Não que eu queria. Mas um pouco de melancolia às vezes é tão necessário.
Falar de amor
Meus olhos reluzem os gritos feridos de minh'alma.
Escrevo versos descrevo diversos.
Se for para falar de amor, vou me lembrar de ti, que não é um só
é tudo aquilo que me apego.
Que desejo como quem tem fome tê-los junto a mim.
Todavia amor não está para a vida. A vida está para o amor.
o amor extermina qualquer sentido vago de viver.
a vida sem amor é uma selva.
e nós os animais.
Se é para falar de amor,
nada além do meu coração diz.
Amor senil.

- O que foi agora Joaquim?
- Vem coçar minhas costas mulher!
- Está bom assim meu velho?
- Mais para baixo Maria.
- Assim?
- Aí, Ai. Pode ir Maria.
- Maria!
- Que diacho!
- Maria!
- Estou indo Joaquim.
- Me da uma bitoca?
- Ora deixa de ser safado!
- Maria! Dança comigo esta noite?
- Que idéia Joaquim, o que é que te deu?
- Eu não sei, só quero dançar com você.
Joaquim sorria com a boca aberta e desdentada; o que deixava Maria encabulada.
- Me concede esta dança? - Joaquim estendeu com dificuldade o braço.
Os dois dançaram como na primeira vez em que se amaram. Passos lentos e desalinhados. Dois pra cá, um pra lá. Se arrastavam os dois pelo taco de madeira. Uma mão boba de Joaquim e Maria caia na gargalhada. Ouvia-se já uns suspiros ofegantes.
- Maria, você é minha!
- E você é meu Joaquim.
- Eu te amo! Agora vá pegar uns biscoitinhos que o jogo ja vai começar.
- Oras! Velho safado.
Joaquim riu. Ele amava mesmo Maria